O reconhecimento foi feito por foto, na Divisão de Homicídios (DH), na Barra da Tijuca, também na Zona Oeste. Antônio foi acompanhado da esposa, Tânia Amieiro, e do filho, Adriano. Desde terça-feira (10), a família acompanha as buscas pela ossada de Patrícia no sítio. Os trabalhos começaram após uma denúncia anônima. No total, cerca de 50 agentes da DH, do Ministério Publico e do Corpo de Bombeiros atuam nas buscas.
“A gente não pôde mexer nas roupas, mas pelas fotos tem coisa que parece e tem coisa que não parece, porque a foto distorce a cor. Então é muito difícil a gente fazer essa analise. Mas tem muita cousa parecida, como uma blusinha e uma calça. Há grandes possibilidade de que essas roupas sejam da Patrícia. Estamos com muita esperança e acho até que as buscas deveriam ser intensificadas depois disso”, disse ele.
O reconhecimento foi feito horas antes da polícia recomeçar as buscas no sítio. Na quarta-feira (11), a delegada assistente da DH, Renata Araújo, disse que não tem prazo definido para terminar as buscas: “Inicialmente havia uma previsão de três dias, mas podemos estender esse prazo”, afirmou. Uma retroescavadeira chegou a ser usada no trabalho.
Buscas são retomadas na manhã desta quinta
Segundo o promotor Felipe Morais, da 1ª Vara Criminal do MP-RJ, as buscas são difíceis por causa da grande dimensão do sítio, que tem 21 mil metros quadrados, e com terreno bastante acidentado. Segundo ele, as equipes utilizam um radar de solo capaz de identificar se a terra foi remexida a uma profundidade de 10 metros.
“É um equipamento que pode identificar pela compressão do solo se ele foi cavado ou alterado. É nesses locais que vamos concentrar as buscas e tentar localizar o corpo da engenheira. A geografia dificulta o nosso trabalho, pois a vegetação é fechada e o terreno é íngreme. Não temos previsão de término”, disse o promotor.
A engenheira está desaparecida há quatro anos, desde o dia 14 de junho de 2008, quando ela voltava de uma festa e seguia para sua casa, na Barra da Tijuca, Zona Oeste. O carro de Patrícia foi encontrado, supostamente com marcas de tiro, dentro do Canal de Marapendi. Quatro policiais militares são acusados da morte e ocultação do corpo.
Denúncia anônima
Uma denúncia anônima levou os investigadores ao sítio localizado na Estrada de Jacarepaguá. Segundo a denúncia, nos fundos do sítio existiria um cemitério clandestino, onde estariam enterrados os corpos de várias vítimas de homicídios. Ao chegarem ao local, os policiais encontraram o sistema de vigilância em funcionamento, com câmeras de segurança. Foram apreendidas duas armas e um caderno de anotações sobre máquinas de bingo.
Denúncia anônima
No matagal, atrás do sítio, os policiais encontraram terra remexida, pedaços de roupa e restos de comida. Todo o material foi levado para a perícia. Informações do G1.
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