O Fantástico deste domingo, 3, exibiu uma entrevista emocionante com o cantor Leonardo, na qual o cantor contou detalhes sobre o acidente e sobre a recuperação do filho, Pedro Leonardo, que na também na noite deste domingo deixou a unidade semi-intensiva do Hospital Sirio Libanes e passou para um quarto normal.
Veja abaixo a trancrição compelta da entrevista de Leonardo para o Fantástico:
Quarenta e cinco dias depois do grave acidente de seu filho, Leonardo abriu os bastidores da família no hospital. É a primeira entrevista para a televisão desde que Pedro Leonardo acordou do coma.
Neste domingo (3), está fazendo 45 dias que Pedro bateu o carro voltando para Goiânia depois de um show em Uberlândia, Minas Gerais. São 45 dias em que o país inteiro acompanha o drama da família de Leonardo.
Renata Ceribelli: Estou adorando te encontrar com essa cara boa, sorridente. Que bom!
Leonardo: Foi uma vitória, foi uma reviravolta na minha vida e na vida da minha família.
Leonardo soube do acidente pela mulher: “Ela falou: ‘Tenho um negócio muito ruim para te falar. O Pedro sofreu um acidente’. Botei um short, um chinelo, uma camiseta e desci para a sala. Liguei a televisão e comecei a andar na esteira. Eu meio doido, meio confuso, andando devagarzinho. E olhando a televisão e de repente falou do acidente. Aí que me toquei da gravidade que foi o acidente”, revela.
O susto foi maior ainda quando ele viu o estado em que Pedro chegou ao hospital em Goiânia.
“Eu vi uma pessoa ali que, dentro daqueles dez minutos, ia parar de respirar, porque ele respirava muito forte, com dificuldade, muito rápido e forte. Eu falei: ‘Ele não vai aguentar’. Não me reconhecia, estava totalmente sedado”.
“Eu vi uma pessoa ali que, dentro daqueles dez minutos, ia parar de respirar, porque ele respirava muito forte, com dificuldade, muito rápido e forte. Eu falei: ‘Ele não vai aguentar’. Não me reconhecia, estava totalmente sedado”.
Pedro sofreu traumas na cabeça, nos pulmões e nas pernas. O cérebro inchou e ele teve que passar por uma primeira cirurgia para conter uma hemorragia no abdômen. Sofreu duas paradas cardíacas, uma delas de seis minutos. Isso aumentou o medo de sequelas e mostrou que era preciso transferi-lo com urgência para um hospital com mais recursos em São Paulo.
Foi Leonardo que teve de assumir esse risco: “Ele poderia morrer na viagem”.
Já em São Paulo, os médicos fizeram uma abertura no pescoço dele (traqueostomia) para facilitar a entrada de ar nos pulmões. Quando o quadro melhorou, a sedação foi sendo retirada, mas nada de Pedro acordar. “Eu falava muito com ele, conversava muito com ele. Falava: ‘Acorda, Pedro, você já dormiu muito. Acorda porque eu preciso dormir um pouco’”, conta.
Leonardo diz ainda que cantava para o filho: “Quando eu cantava, ele mexia, mexia forte. A doutora Ludimila e a doutora Filó falavam: ‘Leonardo, quando você chega, fala com ele, canta com ele, ele começa a mexer, coisa que ele não mexe quando está com a gente’”.
Os médicos diziam Pedro poderia levar até seis meses para acordar. Mas Leonardo tinha fé que isso aconteceria antes. É que ele teve um sonho. “Eu sonhei que tinha uma mulher ajoelhada na beira da minha cama, com um lençol branco na cabeça e passou a mão na minha cara sete vezes. Alisou meu rosto sete vezes assim e falou assim: ‘Sete vezes’. Passou uma semana, e ele acordou. Depois de sete dias, ele acordou. Eu tenho certeza que foi um milagre”.
Pedro emagreceu 27 quilos, mas já respira sem aparelhos. Mas ainda não se sabe se vai ter sequelas.
“Sequela? Sei lá. Seja o que Deus quiser. No começo você quer ver alguém falar: ‘O seu filho não morreu, o seu filho sobreviveu’. Hoje, ele já está sentando em uma cadeira de rodas e está tomando banho de chuveiro. Ele está até comendo purê de batata com carne, essas coisas. Esse é o motivo desse sorriso que está no meu rosto. Ele já está falando e já cantou uma música inteirinha comigo. Ele pediu para eu cantar do Waldick Soriano: ‘Eu não sou cachorro não’. Não sei por que pediu essa. Podia ter pedido outra: ‘Pense em mim’ ou “Temporal de amor’”.
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