quarta-feira, 20 de junho de 2012

Elize Matsunaga é transferida para Tremembé, diz SSP

20 de junho de 2012  16h29  atualizado às 19h09

Elize deixa a cadeia de Itapevi, na Grande São Paulo, para ser transferência ao Complexo Penitenciário de Tremembé. Foto: Diogo Moreira/Frame/Agência Estado
Elize deixa a cadeia de Itapevi, na Grande São Paulo, para ser transferência ao Complexo Penitenciário de TremembéFoto: Diogo Moreira/Frame/Agência Estado



Assassina confessa do marido, Elize Matsunaga foi transferida nesta quarta-feira para o complexo penitenciário de Tremembé, no interior de São Paulo. De acordo com a Secretaria de Segurança Pública (SSP), ela deixou a cadeia de Itapevi, na Grande São Paulo, por volta das 14h. Às 17h30, Elize deu entrada na Penitenciária Feminina Santa Maria Eufrásia Pelletier de Tremembé I, segundo a Secretaria de Administração Penitenciária (SAP).
Na terça-feira, a Justiça aceitou a denúncia do Ministério Público contra Elize e decretou sua prisão preventiva. Ela responderá por ocultação de cadáver e homicídio doloso triplamente qualificado com agravante, por ela, supostamente, ter matado o próprio marido, o executivo da Yoki Marcos Kitano Matsunaga. Elize deve ficar presa até o julgamento.
Empresário é esquartejado
Executivo da Yoki, Marcos Kitano Matsunaga, 42 anos, foi considerado desaparecido em 20 de maio. Sete dias depois, partes do corpo foram encontradas em Cotia, na Grande São Paulo. Segundo apuração inicial, o empresário foi assassinado com um tiro e depois esquartejado. Principal suspeita de ter praticado o crime, a mulher dele, a bacharel em Direito e técnica em enfermagem Elize Araújo Kitano Matsunaga, 38 anos, teve a prisão temporária decretada pela Justiça no dia 4 de junho. Ela e Matsunaga eram casados há três anos e têm uma filha de 1 ano. O empresário era pai também de um filho de 3 anos, fruto de relacionamento anterior.
De acordo com as investigações, no dia 19 de maio, a vítima entrou no apartamento do casal, na zona oeste da capital paulista e, a partir daí, as câmeras do prédio não mais registram a sua saída. No dia seguinte, a mulher aparece saindo do edifício com malas e, quando retornou, estava sem a bagagem. Durante perícia no apartamento, foram encontrados sacos da mesma cor dos utilizados para colocar as partes do corpo esquartejado do executivo. Além disso, Elize doou três armas do marido à Guarda Civil Metropolitana de São Paulo antes de ser presa. Uma das armas tinha calibre 380, o mesmo do tiro que matou o empresário.
Em depoimento dois dias depois de ser presa, Elize confessou ter matado e esquartejado o marido em um banheiro do apartamento do casal. Ela disse ter descoberto uma traição do empresário e que, durante uma discussão, foi agredida. A mulher ressaltou ter agido sozinha.

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