Elize Matsunaga revela como assassinou e esquartej ou marido
A polícia de São Paulo vai a analisar as informações obtidas na perícia e na reconstituição realizadas no apartamento da viúva do executivo da empresa de alimentos Yoki.
A polícia de São Paulo vai a analisar as informações obtidas na perícia e na reconstituição realizadas no apartamento da viúva do executivo da empresa de alimentos Yoki. Elize Matsunaga revelou detalhes de como assassinou e esquartejou o marido.
As imagens da última vez que a família apareceu reunida mostram Marcos Matsunaga, a mulher com a filha no colo e a babá subindo de elevador. Minutos depois, a babá já havia ido embora, e Marcos aparece sozinho. Diante da câmera, ele aperta o botão para o térreo, chuta a parede do elevador e aparenta nervosismo. Quem ligou para ele no celular, segundo a polícia, foi o pai. Ele nem abre a porta e volta para a cobertura. Instantes depois reaparece no elevador para pegar uma pizza. É a última imagem do empresário vivo.
“Os vizinhos dizem que era um casal normal e que nunca presenciaram desavenças, escândalos no prédio ou coisas do gênero”, declara Jorge Carrasco, diretor do Departamento de Homicídios de São Paulo.
Mas Elize desconfiava do marido e chegou a contratar um detetive. Tudo o que aconteceu com o casal no prédio, dia 19 de maio, foi reconstituído pela perícia. Na noite desta quarta-feira (6), Elize Matsunaga foi levada até o prédio. Um boneco representou Marcos, que ela disse ter assassinado por ciúmes.
“Ela tem um lado da emoção, principalmente quando se fala da preocupação dela com a filha, com o estado da filha, o que dá a entender que a parte importante da vida dela é a filha”, avalia o perito Ricardo Salada.
Na sala, ela mostrou como atirou na cabeça do marido, arrastou o corpo até o quarto de hóspedes, onde foi mantido por dez horas. Depois contou como fez o esquartejamento.
“Falou que arrastou a vítima por um caminho, e tinha sangue exatamente neste caminho”, afirma Ricardo Salada.
O casal tinha um hábito pouco comum: mantinha 30 armas espalhadas pelo apartamento. Algumas potentes, como um fuzil. A pistola do crime estava em uma gaveta na sala. Segundo a polícia, a assassina confessa disse que o casal tinha medo de criminosos.
Na manhã do dia 20, Elize apareceu no elevador. Usou uma das malas para travar a porta e puxou as outras duas para dentro. Ela levava o corpo do marido, diz a polícia. A filha de apenas um ano ficou com outra babá, que entrou de manhã no trabalho. Elise dirigiu por 40 quilômetros e parou em uma estrada em Cotia, na Grande São Paulo, onde jogou os sacos plásticos com o corpo. Uma testemunha chegou a dizer que viu um motoqueiro no local. Mas, segundo o delegado, ela não soube dizer se a moto acompanhava Elise.
“Ele foi ouvido, mas não acrescentou nada aos fatos”, diz Carrasco.
A polícia quer comprovar que Elize falou a verdade quando confessou que fez tudo sozinha. Os investigadores procuram as malas usadas para transportar o corpo. O rastreamento do celular mostrou que Elize dirigiu mais 140 quilômetros até Capão Bonito, no interior de São Paulo, e disse não se lembrar em que ponto da estrada jogou fora as malas.
A família de Elize, que mora no interior do Paraná, quer ficar com a filha do casal enquanto ela estiver presa.
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