sexta-feira, 8 de novembro de 2013

PMs acusados de forjar provas para inocentar assassino voltam ao trabalho

 Resgate de Monik, 18 horas após ser baleada, mobilizou bombeiros da região Foto: Divulgação

Decisão do comando geral arquiva denúncias, restitui portes de arma e reintegra na corporação os PMs que teriam tentado livrar irmão de policial aposentado da condenação por matar jovem e aleijar namorada.

 Cinco policiais militares acusados por formação de quadrilha, roubo e falsa imputação de crime durante desdobramentos do caso que ficou conhecido como Crime do Morro do Boi - um dos mais polêmicos registrados na história policial do Paraná nos últimos anos - foram inocentados em processo disciplinar interno da Polícia Militar e mantidos no quadro da corporação. Quatro dos acusados tiveram seus portes de arma restituídos e foram colocados à disposição para retornarem ao serviço operacional. Apenas um deles não poderá gozar do benefício integral da decisão por estar fora da ativa.

  obteve-se cópias da decisão do comando da PM do Paraná, definida em 11 de outubro e publicada na edição 206 do Boletim Geral da corporação. O comando geral da PM decidiu concordar com parecer da comissão processante que invocou o princípio jurídico in dubio pro reo - expressão em latim que significa que, na dúvida, a decisão deve ser favorável ao réu -, alegando que "a questão probatória se mostrou controvertida".

 Os policiais absolvidos pelo conselho disciplinar da PM figuram como denunciados em processo que tramita sob sigilo na Justiça paranaense - ao lado de um delegado, de um policial civil aposentado e de um guarda municipal - como autores de uma farsa montada com o objetivo de livrar o principal acusado do crime, Juarez Ferreira Pinto, das acusações. Pinto, condenado em 2010 a 65 anos e cinco meses de prisão, é irmão do policial civil Altair Ferreira Pinto, um dos denunciados.

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